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  • Curso de resposta a desastres preparou bombeiros do Paraná para ação no Rio Grande do Sul – Cursos Paraná – PR

    Curso de resposta a desastres preparou bombeiros do Paraná para ação no Rio Grande do Sul – Cursos Paraná – PR

    BOMBEIROS

    O Paraná foi o primeiro estado brasileiro a chegar ao Rio Grande do Sul para auxiliar a população, já durante os primeiros momentos da enchente que deixou centenas de municípios daquele estado debaixo d’água. A operação, realizada com celeridade e eficiência, ajudou a resgatar mais de mil pessoas e 500 animais de locais de risco, a maioria ilhados pelas águas. As técnicas empregadas para essa missão delicada foram resultado do curso realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) para dar vida à Força-Tarefa para resgate em desastres.

    Durante duas semanas, 90 bombeiros militares de todo o Estado passaram, em outubro de 2023, por instruções de capacitação para situações de calamidade. A atividade incluiu simulações de cenários de atuação em enchentes e alagamentos; em áreas deslizadas; combate a incêndios florestais; e busca e resgate em estruturas colapsadas. Após o desafio, o grupo passou então a integrar a força-tarefa, cuja primeira missão acabou sendo justamente no pior desastre natural da história do estado gaúcho.

    O cabo Ramiro Fernando de Moraes esteve nesse treinamento. “É um curso que exige bastante energia. Começa cedo e termina na hora que der”, lembrou. Seis meses depois das instruções, ele integrou a primeira equipe em atuação nos Pampas. “Dentro das regras da força-tarefa, a gente já sabe que está de sobreaviso pelo período de um ano. Sendo acionados, temos duas horas para estar no local de encontro, de onde partimos para a ocorrência”, contou.

    O tempo de permanência longe de casa pode chegar a 10 dias, mas, em geral, a rendição da equipe de campo ocorre em sete dias. 

    A agilidade nas mobilizações é um dos reflexos do curso de capacitação – e um dos principais objetivos da iniciativa. Além de aprenderem técnicas operacionais, os integrantes são instruídos a respeito dos equipamentos necessários e das especificidades da força-tarefa.

    “Os bombeiros militares que compõem a força-tarefa sabem que fazem parte de um plano de chamada especial. Então, eles já deixam prontos em casa o seu kit pessoal para facilitar as mobilizações. Ou seja, não precisam ir até o quartel atrás de equipamentos. Eles já possuem isso predeterminado”, explicou o subcomandante-geral do CBMPR, coronel Antonio Geraldo Hiller Lino, responsável pela força-tarefa.

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    NA PRÁTICA – Já em ação, em meio ao caos instaurado no Rio Grande do Sul, o cabo Ramiro percebeu rapidamente como a experiência do curso viria a ser crucial para garantir o melhor atendimento às vítimas do desastre. “Várias técnicas que a gente utilizou no treinamento, aproveitamos no Rio Grande do Sul. Por exemplo, tinha muita água rápida lá, com velocidade e volume, e nós tínhamos treinado essa situação, assim como treinamos o resgate de pessoas. Termos experimentado isso antes nos trouxe tranquilidade. A gente sabia o que estava fazendo”, atestou o bombeiro, que elegeu o treino em deslizamentos como o mais desafiador da capacitação.

    “Deslizamento foi o módulo mais difícil. Tem que cavar no barro, que gruda na enxada, gruda na pá, que tem que bater em pedra pra tirar. Tudo é muito pesado e leva muito tempo. Isso tudo dentro de um espaço de um metro de largura que a gente prepara com placas de madeira com travessas para evitar que desabe tudo em cima da gente”, lembrou. “É úmido, sempre é na lama, porque é área de deslizamento. Simulamos tudo isso: chuva, terreno molhado, vítima soterrada. Foi bem complicado”.

    As habilidades adquiridas durante o curso de preparação para a força-tarefa também ajudam em outros momentos que não o do resgate em si. As aulas de condução de veículos 4×4, por exemplo, foram fundamentais durante as ações no Rio Grande do Sul, para dar segurança na locomoção em terrenos hostis. “A gente se deslocava muito, em ambiente com água alta. Por causa do curso, a gente sabia, tecnicamente, até onde podia chegar”, disse o cabo. Usar os 4×4 como escudo para o deslocamento da van do posto de comando, levando-a até o local mais adequado, foi outra estratégia aprendida no curso.

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    MOTIVAÇÃO  Para o comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático (GOST), major Ícaro Gabriel Greinert, o curso e a força-tarefa vieram para consolidar o que o Paraná já faz com eficiência há muito tempo: responder a grandes situações de emergência. “Temos um know-how, inclusive de apoio a outros estados. Isso acontece há muitos anos. Em 2009, no Vale do Itajaí, por exemplo. Temos enviado reiteradamente equipes para essas áreas. O que a gente fez agora foi criar uma organização para isso”, falou, sobre a implantação da força-tarefa, fazendo questão de frisar que o principal foco é a atuação no Paraná. “Se a gente chegou rápido no Rio Grande do Sul, a gente chega mais rápido aqui ainda. Isso é o mais importante”, complementou.

    Os benefícios de se montar um time especializado nesse tipo de resposta, no entanto, não se limitam à agilidade. “Você tem que selecionar os bombeiros que vão para a missão, tem que escolher os materiais, as viaturas. Com a força-tarefa a gente garante que o pessoal que está sendo empregado tem um treinamento adequado, com equipamento correto, e de modo muito rápido”, contou o major, lembrando que o Paraná esteve presente em diversas outras calamidades, como Brumadinho, Teresópolis, Petrópolis, além de incêndios e enchentes no Interior do Estado.

    “Claro que o Rio Grande do Sul é um dos piores cenários que não só o Paraná, como vários outros estados, já atuaram. Pela extensão, por ter envolvido enchentes, deslizamentos, estruturas colapsadas, eu acho que a gente pode dizer que é um dos mais, se não o mais complexo em termos de operação, pelo tamanho da área atingida”, avaliou o comandante do GOST.

    A ação no território gaúcho ainda não acabou, a operação segue ativa na busca pelos desaparecidos, mas algumas lições já foram aprendidas. Uma delas é justamente relativa ao curso, que terá o tempo de treinamento aumentado de duas para três semanas.

    “O curso ocorre nas três regionais do CBMPR: em Curitiba, para as unidades do 1º Comando Regional de Bombeiro Militar (CRBM) e do Comando do Comando do Corpo de Bombeiros; em Londrina e Maringá, para as unidades do 2º CRBM; e em Cascavel, para unidade do 3º CRBM”, contou o major Gabriel, já projetando a próxima edição da capacitação, que deve passar a ocorrer anualmente, sempre em outubro.

    Ao todo, 120 bombeiros militares, todos voluntários, compõem a força-tarefa – e o curso é uma etapa obrigatória. Enquanto aguardam uma convocação, os participantes seguem suas funções e rotinas normais nos respectivos quartéis.

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    CRIAÇÃO DA FORÇA-TAREFA – A ideia de se estruturar uma equipe especializada em desastres – que chegou a ser ativada em 2017 – já vinha sendo amadurecida no CBMPR, seguindo exemplos de outras corporações mundo afora. “A força-tarefa de resposta a desastres do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná surgiu a partir da necessidade da organização de grandes mobilizações de pessoal, equipamentos, veículos, para atendimento a grandes incidentes, em especial os desastres”, explicou o coronel Hiller.

    “As mobilizações para grandes ocorrências, eventualmente, já aconteciam. Contudo, a concepção de força-tarefa traz uma organização toda especial”, complementou.

    O atual formato da força-tarefa, então, foi delineado no ano passado, impulsionado pelas previsões de chuva intensa no verão do Paraná. A ideia era ter uma equipe de prontidão para o caso de problemas graves, como os ocorridos no Rio Grande do Sul em setembro de 2023. Felizmente, as projeções meteorológicas não se concretizaram com a gravidade aventada, mas a equipe havia sido formada.

    “Foi intensificada a ideia dentro do comando do Corpo de Bombeiros e passamos a organizar a força-tarefa. Buscamos bombeiros já com alguma capacitação nesse tipo de atividade e outros interessados na ação, desde que tivessem a possibilidade de, em caso de mobilização, ficar afastados de suas sedes por períodos mais extensos de tempo. Esses voluntários, de todas as regiões do Estado, foram convocados para capacitações”, revelou o subcomandante-geral do CBMPR.

    Em um primeiro momento, a força-tarefa foi organizada com equipamentos, viaturas e embarcações já existentes na instituição. Aos poucos, esse material ganhou reforço, com a aquisição de diversos itens e equipamentos de proteção individual (EPIs). Novas compras estão previstas para o ano, incluindo caminhonetes, botes infláveis e ferramentas de resgate, totalizando mais de 50 itens. A previsão é de investimento de aproximadamente R$ 5 milhões em 2024.

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    A primeira intervenção da força-tarefa, no estado vizinho, teve avaliação positiva tanto interna quanto externa. “Da parte técnica do Corpo de Bombeiros Militar, pudemos comprovar a praticidade que a força-tarefa trouxe, com um ganho muito grande na organização para esse tipo de operações longas e exigentes”, resumiu o coronel Hiller, ressaltando também a boa imagem deixada pelo CBMPR junto a outras corporações e à população gaúcha. 

    De acordo com o oficial, o feedback recebido foi muito positivo pela capacidade de organização da equipe paranaense, pelo apoio aos bombeiros gaúchos no trabalho de planejamento diário, e pelas técnicas e metodologias aplicadas em campo. “Pelo retorno que tivemos, temos a certeza de que a preparação, a organização e o trabalho da força-tarefa estão no caminho certo”, finalizou o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros Militar do Paraná.

    Para o cabo Ramiro, a lição extraída da experiência no Rio Grande do Sul comprova a relevância dessa iniciativa. Tanto na capacitação técnica da equipe quanto no tempo de resposta. “Eu percebi o quão importante é estar preparado para chegar, em tempo hábil, a locais onde as pessoas precisam da gente”, resumiu. “No Rio Grande do Sul, conseguimos dar um primeiro auxílio às pessoas, levar um conforto, para locais em que não havia sobrado nada. Isso foi o que mais me marcou”, relatou.

    Antes do desastre gaúcho, 90 bombeiros militares do Paraná passaram durante duas semanas por instruções de capacitação para situações de calamidade, o que torna o Corpo de Bombeiros do Paraná uma as forças mais bem-preparadas para este tipo de ocorrência no país.

    Curso de resposta a desastres preparou bombeiros do Paraná para ação no Rio Grande do Sul
    Foto: CBMPR

    Editoria

    Segurança Pública

    Curso de resposta a desastres preparou bombeiros do Paraná para ação no Rio Grande do Sul

    Confira mais dicas de cursos do Estado Paranaense no site oficial do Governo do Paraná PR.

    Estados PR – Cursos

  • Concursos de arquitetura para Pelotas e Rio Grande entram em fase final de inscrições – Concursos RS

    Concursos de arquitetura para Pelotas e Rio Grande entram em fase final de inscrições – Concursos RS

    Os concursos públicos de arquitetura para o Centro de Gastronomia, em Pelotas, e para o Ecoparque Turístico Molhes da Barra, em Rio Grande, estão nos últimos dias do período de inscrições. Arquitetos de todo o país podem se inscrever até o dia 9 para o certame de Pelotas e até o dia 13 para o de Rio Grande.

    Os concursos fazem parte do projeto Iconicidades, promovido pelo governo do Estado. O período de entrega das propostas se estende até o dia 17 de junho, para o caso de Pelotas, e 20 de junho, para Rio Grande. Há premiação de R$ 20 mil para a equipe classificada em primeiro lugar em cada concurso, R$ 15 mil para o segundo lugar e R$ 10 mil para o terceiro.

    Além disso, o primeiro colocado será contratado pelo governo do Estado para desenvolver os projetos executivos e complementares. Para Pelotas, o valor do contrato é de R$ 749.199,54 e, para Rio Grande, fica em R$ 690.752,61 – cada um de acordo com a complexidade da proposta.

    Pelotas e Rio Grande foram selecionadas na primeira etapa do Iconicidades, juntamente com Santa Maria, Cachoeirinha e São Leopoldo. Todas indicaram espaços arquitetônicos simbólicos em seus territórios, além de propostas de uso dos locais para iniciativas que estimulassem o empreendedorismo, a criatividade e a inovação.

    Os termos de referência que norteiam os concursos (saiba mais sobre os objetos abaixo) foram elaborados em parceria entre o Estado, as prefeituras e o departamento do RS do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB/RS) – sendo este último o consultor e assessor técnico contratado para ajudar o Executivo estadual a montar e operar os certames. A avaliação das propostas será feita por arquitetos independentes contratados especificamente para participar das comissões julgadoras, além de um representante indicado pelo município.

    O regramento e o andamento dos concursos podem ser acompanhados por meio do site do Iconicidades.

    Projeto Iconicidades

    Lançado em junho de 2021, o Iconicidades tem como objetivo fazer frente ao desafio de tornar as cidades gaúchas mais empreendedoras, inovadoras e criativas e estimular a retomada e a revitalização de espaços arquitetônicos para estabelecimento de novos negócios.

    Na primeira fase, um edital de chamamento aos municípios se encerrou com cinco cidades contempladas: Pelotas, Rio Grande, Santa Maria, Cachoeirinha e São Leopoldo. Os critérios foram engajamento e interesse do gestor local, existência de iniciativa prévia que se adaptasse ao projeto, sustentabilidade, desenvolvimento socioeconômico e complexidade. Nesta segunda etapa, são executados cinco concursos públicos de arquitetura, para selecionar a melhor proposta para cada local indicado.

    Objetos dos concursos:

    PELOTAS – Centro de Gastronomia

    Proposição de edificação anexa à antiga sede do Banco do Brasil – prédio tombado pelo Iphan – e plano de ocupação da antiga sede a fim de que o conjunto contemple um Centro de Gastronomia.

    • Inscrições: até 9 de junho
    • Entrega de propostas: até 17 de junho

    RIO GRANDE – Ecoparque Turístico Molhes da Barra

    Qualificação e preservação paisagística de zona de proteção ambiental por meio da criação do Ecoparque Turístico Molhes da Barra, dotando o espaço de infraestrutura voltada ao turismo.

    • Inscrições: até 13 de junho
    • Entrega de propostas: até 20 de junho

    SANTA MARIA – Clube dos Ferroviários: Centro de Inovação e Economia Criativa

    Requalificação do antigo Clube dos Ferroviários, por meio da recomposição da volumetria da edificação, tombada pelo Iphae, do restauro de elementos tombados, e da proposição de novas edificações anexas.

    • Inscrições: até 15 de junho
    • Entrega de propostas: até 23 de junho

    CACHOEIRINHA – Complexo Casa de Cultura

    Requalificação da Casa de Cultura Demósthenes Gonzalez, por meio da melhoria dos espaços da edificação histórica, complementada pela proposição de nova(s) edificação(s), e requalificação das avenidas Beira-rio e general Flores da Cunha, no trecho junto à casa.

    • Inscrições: até 27 de junho
    • Entrega de propostas: até 4 de julho

    SÃO LEOPOLDO – Complexo Casa da Feitoria/Museu do Imigrante

    Constituição de um complexo cultural englobando a reconstrução do setor que ruiu e o restauro do espaço da Casa da Feitoria/Museu do Imigrante – tombada pelo Iphae –, proposição de edificação anexa, tratamento paisagístico da área adjacente e elaboração de diretrizes para um futuro parque no qual estará inserido o conjunto.

    • Inscrições: até 30 de junho
    • Entrega de propostas: até 7 de julho

    Texto: Bianka Nieckel/Ascom EDP
    Edição: Secom

    Concursos de arquitetura para Pelotas e Rio Grande entram em fase final de inscrições

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    O mais completo guia de Concursos Públicos do Rio Grande do Sul

    Fonte: Governo RS

    Estados RS – Concursos